Nova empresa passará a funcionar como guarda-chuva para diversas áreas.
No novo esquema, o Google será só uma subsidiária entre tantas outras.

Não é todo dia que uma empresa recém criada vira dona de uma das maiores companhias do mundo sem gastar um centavo. Foi o que aconteceu nesta semana quando o Google anunciou o surgimento da Alphabet, que funcionará como um grande guarda-chuva para diversos empreendimentos de A(ndroid) a projeto Z(ero).

A empresa-mãe terá o próprio Google como uma de suas subsidiárias. Responsável por agregar todos os serviços online, a Google Inc. é o “G” desse alfabeto. Mas há ainda outros caracteres dentro dessa sopa de letrinhas. A partir do sugestivo nome da futura holding, o G1 aponta quais podem ser as outras letras dentro do novo alfabeto do Google daqui para frente.

A lista reúne não só novas divisões de negócio como a Calico, voltada a experimentos em biotecnologia, mas também inclui alguns dos sistemas cruciais para a empresa como o Android, que roda na maioria dos celulares e tablets do mundo, e até funções que, apesar de parecer pequenas, representam uma porta de entrada para outros serviços mais fundamentais para a saúde financeira da empresa.

Veja abaixo:

Cartela Android (Foto: Divulgação/Google)

Não só é o sistema operacional mais usado em celulares, também equipa outros aparelhos móveis como tablets, e possui versões para relógios e até carros. Comprado em 2005 por US$ 50 milhões, o sistema passou, com a mudança, a ser um dos produtos da subsidiária Google Inc. A dominância de mercado fez a União Europeia começar a investigar se há abuso de poder econômico.

certa-Cartela de Boston Dynamics (Foto: Reprodução/YouTube)

A fabricante do robô corredor Cheetah, do humanoide Atlas e do pulador SandFlea é a inserção do Google no mundo da robótica. As máquinas criadas reproduzem os comportamentos de animais. Pesquisadores do mundo todo usam robôs criados pela Boston Dynamics para avançar na robótica. Cientistas do MIT, por exemplo, conseguiram fazer quadrúpedes mecânicos pularem obstáculos sem precisar do auxílio de humanos. A imagem acima não é uma mera agressão. É, na verdade, uma demonstração do equilíbrio dos robôs em ação.

Cartela calico (Foto: Divulgação/Calico)

Criada em 2013 para pesquisar biotecnologia e criar tecnologia voltada a tornar a vida mais longeva e saudável, a Calico é a aposta do Google para vencer a morte. Para liderar a empreitada, a companhia selecionou um executivo que já atuou nas trincheiras inimigas. O presidente-executivo da Calico é Arthur Levinson, ex-presidente do conselho da Apple. Além disso, ele é um expert na área. Não à toa foi eleito para o Hall da Fama da Biotecnologia em 2003 e recebeu a Medalha Nacional da Tecnologia e Inovação em 2014 das mãos do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.

cartela deepmind (Foto: Reprodução/YouTube)

Comprada pelo Google em 2014 por US$ 400 milhões, a empresa de inteligência artificial é responsável pela estrutura por trás de aplicações de rede neural, uma tecnologia que faz máquinas aprenderem sozinhas. Foi assim que a empresa conseguiu fazer um robô aprender sozinho a jogar 49 jogos do videogame clássico Atari 2600. Antes que surjam comentários sobre a falta de complexidade desses games, é bom lembrar que o sistema artificial tinha não só descobrir o objetivo do jogo mas também dominar seus controles. Tudo isso sem contar com outra informação a não ser a exibida na tela. O líder desse empreendimento é Demis Hassabis, mostrado na foto acima.

cartela express (Foto: Divulgação/Google Express)

O serviço de entregas rápidas funciona em oito cidades dos EUA, como Nova York. Em San Francisco, os produtos são levados à casa do cliente no mesmo dia. Essa é a tentativa do Google de entrar de vez no mundo do comércio eletrônico e, de quebra, passar a atuar também nas entregas.

cartela fiber (Foto: Divulgação/Google Fiber)

Disponível em algumas cidades, o serviço de conexão à internet funciona assim: o Google cobra dos usuários para construir redes de fibra ótica e uma mensalidade para se conectar a velocidades de 1 Gbps. Em algumas cidades, o Google até libera os clientes de pagarem pela instalação dos fios e pela mensalidade, graças a um programa do governo dos EUA.

cartela google (Foto: G1)

Nascido em 1998 como motor de busca na internet, o Google cresceu, saiu da internet e agora criou uma empresa para ser sua dona. A ferramenta de pesquisa é apenas um dos serviços da Google Inc., dona também do YouTube, Gmail, entre outros. O buscador é alvo de uma investigação da União Europeia, que o acusa de abusar de seu poder de mercado para sabotar os serviços concorrentes de seus competidores. A UE quer explicações e aceitou dar mais tempo para o Google rebater as reclamações de empresas como a Microsoft.

cartela hangouts (Foto: Divulgação/Google)

O sistema de comunicação instantânea funciona no PC, celular ou tablet e permite conversas com vídeo e voz com mais de uma pessoa. O Hangouts compete com o Skype, da Microsoft, pela preferência do usuário na hora de realizar videoconferências.

cartela google ideas (Foto: Reprodução/Google Ideas)

Para uma empresa conectada, hackers que ameaçam a liberdade de expressão são um problema. Por isso, a equipe de engenheiros e especialistas em geopolítica cria ferramentas para evitar ou acompanhar ataques contra veículos de mídia. A imagem acima mostra o “Mapa do Ataque Digital”, que exibe de quais países partem os golpes contra sites de jornais, empresas e organizações de caridade.

cartela jump (Foto: Justin Sullivan/Getty Images/AFP)

Quem vê 16 câmeras juntas pode achar que é um fetiche cinematográfico. Trata-se do sistema do Google em parceria com a GoPro para captar vídeos em 360º usados para criar realidade virtual.

cartela keep (Foto: Reprodução/Keep)

O app para é usado para fazer listas de compras, de tarefas, de compromissos, além de criar lembretes para elas que podem ser compartilhadas com familiares e amigos e é integrado ao Now.

cartela loon (Foto: Divulgação/Google)

O projeto que usa balões para levar internet a áreas remotas é uma das iniciativas para ampliar a população online e já há um país parceiro, o Sri Lanka. É uma das áreas do Google X.

cartela makani (Foto: Reprodução/YouTube)

As pipas gigantes colocadas no ar geram energia renovável e limpa conforme o vento passa por seus grandes rotores. A eletricidade então é enviada às turbinas as quais as pipas estão presas. A cria do Google X é mais uma tentativa da companhia para diversificar suas fontes de energia. A empresa também aposta em parques convencionais de geração de energia eólica.

cartela nest (Foto: Divulgação/Nest)

Muito mais do que termostatos, aqueles aparelhos para controlar a temperatura, a empresa cria aparelhos para deixar a vida doméstica mais conectada. É um meio caminho andado para que as casas inteligentes sejam realidade..

cartela ok google (Foto: Divulgação/Google)

Basta dizer isso e o Now, assistente pessoal do Android, desperta para procurar informações no aparelho e na internet. Em breve, ele lerá até mensagens de texto para dar dicas e fazer lembretes.

cartela play store (Foto: G1)

A loja de conteúdos digitais é o caminho oficial para donos de aparelhos Android comprarem aplicativos, músicas, filmes e jogos.

cartela quic (Foto: Divulgação/Google)

Dona do navegador na internet mais usado do mundo, o Google criou seu próprio protocolo de troca de pacotes pela rede, o Quic, usado para acelerar a comunicação entre servidor e computador.

cartela recaptcha (Foto: Reprodução/YouTube)

Se você não é um robô já deve ter topado com ele. O serviço para proteger sites de spam e de acessos automáticos pede para o internauta selecionar figuras de gatinhos ou informar a cor favorita. Assim provam serem humanos de verdade e podem seguir adiante. A operação pode parecer simples, mas, a cada um desses pedidos aparentemente simples, o reCAPTCHA realiza um “Teste de Turing”. O experimento foi criado pelo matemático Alan Turing (1912-1954), herói da 2ª Guerra Mundial. O objetivo é descobrir se o interlocutor é uma pessoa ou um robô tentando se passar por alguém de carne e osso.

cartela skybox (Foto: Divulgação/Skybox Imaging)

Os satélites da empresa “olham” para a Terra e registram eventos em vídeos de alta resolução, que são processados por serviços de análise. Tudo isso ajudar a detectar movimentos de populações e mudanças geográficas.

cartela titan aerospace (Foto: Reprodução/YouTube)

A fabricante de drones movidos por energia solar passou a ser do Google após a empresa vencer uma queda de braço com o Facebook e desembolsar US$ 60 milhões. A exemplo do que acontece com os balões do projeto Loon, o objetivo aqui é usar os drones para transmitir sinal de internet.

cartela url (Foto: Divulgação/Google)

Voltada a donos de sites, a ferramenta ajuda a criar endereços de internet mais fáceis de achar. É parte do Analytics, um dos serviços mais populares de mensuração de tráfego da internet.

cartela veículos autônomos (Foto: Reprodução/YouTube)

Socorro, o motorista sumiu! Os carros dirigem sozinhos, mas não sem estarem conectados à internet por meio de uma rede de sensores. Com eles, conseguem se guiar em meio a outros veículos, pedestres e objetos inanimados como semáforos. Já se meteram em alguns acidentes. No último deles, já depois de trafegar pelas ruas da Califórnia, o Google culpou o humano que dirigia o outro automóvel e não freou.

cartela wing (Foto: Reprodução/YouTube)

Já em testes na Austrália, os drones fazem entregas de pacotes, como kits de primeiros socorros, água e barras de cereal. Na esteira do que planeja a Amazon, o Google fez uma parceria com a Nasa para testar entregas dentro dos EUA. Se conseguir, não será a primeira empresa a fazer isso, já que, em julho, a Flirtley conseguiu autorização da Associação de Aviação Federal dos Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês) para entregar medicamentos na zona rural da Virgínia.

cartela google x (Foto: Divulgação/Google)

O laboratório de projetos especiais está por trás do carro autônomo, do smartphone modular, da pipa que gera energia e das lentes de contato que detectam a diabetes. O celular “desmontável” é uma tentativa de superar os problemas que consumidores têm ao tentar personalizar seus aparelhos. Com ele, as pessoas poderão trocar um módulo de bateria por um de câmera, caso queira turbinar suas fotos.

cartela youtube (Foto: Reprodução/YouTube)

Com 10 anos de idade, a plataforma de vídeos virou um canal extraoficial de artistas e criou uma nova profissão, a do youtube, que foi segmentada a ponto de já existirem profissionais focados somente em games e outras que tentam aprofundar discussões em torno do feminismo.

cartela zero project (Foto: Jeff Christensen/AP/Arquivo)

Para uma empresa conectada, hackers são um problema. O único jeito é mantê-los bem perto. Por isso, o Google possui um time formado por eles para encontrar falhas graves nos serviços da companhia e de terceiros. Integram a equipe jovens como George Hotz, que conseguiu desbloquear o sistema do iPhone, da Apple, aos 17 anos.

Fonte: g1. globo

 

 

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